A partir de janeiro de 2023, todas as incorporadoras e loteadoras deverão registrar seus recebíveis em uma entidade autorizada pelo Banco Central. A chamada resolução 4.909 do Conselho Monetário Nacional passa a obrigar estes agentes a inscreverem todas as suas unidades e contratos de compra e venda de empreendimentos imobiliários em uma registradora. Assim, essas informações podem ser fornecidas como garantia aos Financiadores.
Esses chamados “desenvolvedores imobiliários” têm até o dia 1º apenas para se adequarem à norma, para que consigam contratar o Plano Empresário. O objetivo da Resolução é fomentar o mercado imobiliário, gerando novas possibilidades, melhorando o acesso ao crédito e oferecendo segurança a todo o setor.
Além disso, o registro dos Recebíveis Imobiliários ganhará mais importância no mercado por justamente trazer novas possibilidades. Entre elas, a ampliação e descentralização da oferta de crédito para o setor da construção civil e moradias.
Mais Visibilidade
A Resolução 4.909 vai garantir que todo o mercado imobiliário tenha mais visibilidade e escala. Dessa forma, o financiador terá uma visão melhor de todo o processo e a garantia de que todas as informações estão corretas. Com mais visibilidade e segurança, os financiadores poderão conceder mais financiamentos e com melhores condições.
Por isso, é fundamental que incorporadoras e loteadoras já estejam atrelados a uma registradora e iniciem o processo de registro dos recebíveis imobiliários. Especialmente com a proximidade da vigoração da norma. Assim, cada desenvolvedor imobiliário precisa:
- Ter uma registradora;
- Cadastrar seu projeto e garantir que o registro permaneça sempre atualizado;
- Fazer a comunicação ao cliente;
- Liberar acesso sobre os recebíveis ao financiador de seu interesse;
- Formalizar a garantia do financiamento através da plataforma de registro;
- Aproveitar todos os benefícios que o registro dos Recebíveis Imobiliários irá proporcionar.
Apesar do esforço operacional para as adequações, a nova regulação será capaz de padronizar os dados de empresas de diversos tamanhos e levar uma transparência maior para as instituições financeiras e também a investidores de uma forma geral, como securitizadoras e fundos de investimento.
As empresas que se adequarem ao novo modelo serão muito beneficiadas. Isso ocorrerá porque com mais informações disponíveis sobre a atuação e fluxos, os bancos terão mais segurança para conceder empréstimos e abrir novas oportunidades adequadas para o perfil de cada desenvolvedor imobiliário.
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