Robôs, inteligência artificial e automação já estão presentes em diversas indústrias que eram formas básicas de emprego. Qualquer função que tenha tarefas repetitivas e rotineiras começa a ver a ocupação de seu lugar tomada pela tecnologia sobre as pessoas. Supermercados, armazéns e fábricas são os mais afetados e discutidos, mas à medida que a tecnologia melhora, a expansão de seu risco para os trabalhadores humanos também aumenta.
A Universidade de Oxford pesquisou extensivamente essa área e suas análises mostraram que das 702 ocupações examinadas, 12 tinham 99% de chance de serem substituídas pela tecnologia. Isso varia de funcionários de entrada de dados a reparadores de relógios. É preocupante que os “modelos” tenham 98% de chance de serem substituídos por IA. Por sorte, geralmente, as artes e a informatização dessas áreas que não se sobrepõem. De fato, a probabilidade estimada de fotógrafos serem deslocados por IA é de apenas 2%, de acordo com a pesquisa. Uma probabilidade que é provavelmente um olhar abrangente da profissão em geral.
Fotógrafos comerciais, por exemplo, viram muito de seu trabalho fotográfico ser invadido pela tecnologia. Embora não sejam substituídos diretamente por robôs, as renderizações 3D já são relativamente comuns. Da mesma forma, na fotografia imobiliária, as câmeras e os emparelhamentos de software permitem que os agentes imobiliários caminhem pela casa filmando o local, apenas para o software processá-lo em uma renderização 3D. Mas, de fato, há risco de substituição? A resposta é não.
O fator humano x máquina na Inteligência Artificial
Há um elemento muito especial na fotografia que vai além da habilidade, que é o relacionamento humano. Aqui está a dura realidade; se empresas e marcas encontrarem uma maneira eficaz de eliminar o intermediário (o fotógrafo), elas o farão. Se for mais econômico usar IA para fotos genéricas de estoque, alimentos e produtos, os fotógrafos nessas áreas provavelmente terão que procurar outros caminhos para trabalhar.
É justo? Não, mas são negócios. Como vimos com caixas automáticos, fábricas movidas a robôs e, mais recentemente, carros sem motorista, o escalão superior deste mundo está constantemente procurando substituir humanos por tecnologia.
Mas nem tudo pode ser uma desgraça para a indústria fotográfica. Existem vários aspectos do ofício que nenhuma quantidade de tecnologia poderia substituir. Um exemplo é a fotografia de casamento. Como uma máquina pode entender momentos como o choro da noiva e dos familiares, a emoção dos pais, os detalhes do vestido? No fim das contas, o cliente não busca apenas um serviço de qualidade, ele quer uma conexão humana profunda e enriquecida.
Na maioria das indústrias de fotografia profissional, uma das principais habilidades para se ter sucesso é a capacidade de se comunicar de maneira eficaz com as pessoas. Seja acalmando os nervos, comunicando um conceito ou trabalhando em um ambiente intenso, se você não tiver habilidades pessoais, não durará muito neste negócio. Ou seja, essas habilidades vêm do ser humano. Você os obtém vivendo neste mundo e compreendendo as nuances. Dessa forma, e para a nossa sorte, não há IA que emule isso.
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