Ana Paula Tavalassi ganha cada vez mais reconhecimento e espaço por seu trabalho
Moradora da cidade de São Paulo, Ana Paula Tavolassi começou a fotografar pelo Fotop no mercado esportivo no final de 2019. Iniciou na fotografia de forma bem despretensiosa. Estava passando por um momento de incertezas na área que havia escolhido anteriormente para trabalhar, estava finalizando um curso de moda. Foi incentivada pelo Rafael, que é seu marido, a fotografar pelo Fotop.
“Resolvi encarar o desafio, por ser uma grande admiradora da fotografia e por participar de um mercado que era tão distante da minha realidade, que era o da fotografia esportiva”, afirma. Ela, que já tinha uma base na fotografia por conta de sua experiência na moda, teve na fotografia esportiva sua primeira experiência fotografando.
Para a fotógrafa, hoje, fotografar outras modalidades vem de uma construção, pois começou pelas corridas de rua em São Paulo, foi se desafiando e aproveitando as oportunidades todas as vezes que elas apareciam na plataforma do Fotop. Chegou a outras grandes corridas em cidades diferentes, além de explorar o repertório, pois entrou no mundo do triathlon, bike e até natação. Conforme o tempo passou, ganhou uma maior visibilidade e passou a participar de eventos estratégicos.
“Me dedico integralmente à fotografia esportiva. Acho que a grande virada de chave foi quando os eventos esportivos começaram a retornar na pandemia. Ali, eu gerei um desejo, criei ainda mais essa vontade de viver e me entregar a esse trabalho”, conta. Foi aí que ela começou a ver novos resultados dentro da qualidade de suas fotos, além da qualidade de entrega.
“Eu me empoderei da minha voz, da minha identidade, do meu jeito de trabalhar e começaram a surgir novos desafios para fotografar novas modalidades”, afirma.
Mercado esportivo: Na chuva, lama, frio e sol
Seu preparo para fotografar diferentes modalidades veio através do estudo. A fotógrafa considera de extrema importância entender as dinâmicas de cada esporte, buscar referências, se preparar fisicamente e mentalmente para enfrentar as adversidades que podem acontecer em uma prova. Além de, é claro, conhecer percursos.
“Acredito também que é muito importante o fotógrafo já ir preparado e pensando no estilo de fotos que se quer”, aconselha.
Identidade feminina e o mercado esportivo
Quando ela começou a fotografar na plataforma, o time de mulheres ainda era reduzido. Hoje, ela diz que consegue enxergar novas mulheres crescendo cada vez mais com o Fotop, bem como as oportunidades.
“Eu fico muito feliz em participar dessa história, ver que a gente está ganhando voz e ocupando nossos espaços”.
Ao adentrar nos eventos esportivos, Ana percebeu que se tratava de um cenário ainda muito masculino. Nunca teve nenhum problema e conta que sempre foi acolhida, mas que foi importante ver que cada vez mais mulheres estavam ingressando. “Acho que consegui dar a volta por cima das inseguranças, dar o meu melhor e estar disposta a mostrar a minha identidade feminina”.
O caso de Ana ilustra como a paixão e a determinação, do mesmo modo, podem abrir portas para oportunidades inesperadas. Sua jornada na fotografia, iniciada de forma despretensiosa, se transformou em uma exploração abrangente do mundo esportivo, enriquecendo sua vida e suas experiências de maneiras imprevisíveis. Com sua visão e habilidades em constante evolução, a fotógrafa continua a inspirar outros a explorar novos horizontes por meio da fotografia.
Para finalizar, Ana deixa um recado para as mulheres que desejam viver de fotografia esportiva.
“Se arrisquem, tenham confiança no que vocês fazem, trabalhem dentro do possível e com o equipamento que vocês têm, com o repertório que tiverem. Contudo, não se comparem com os colegas, cada um tem sua construção e trajetória. Deem vozes, realmente, à verdade de vocês. Criem as dinâmicas de trabalho que acharem melhor e pesquisem referências. Referências não são comparações”.
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